MS: Ameaçado, juiz federal vive preso
O dia-a-dia do juiz federal Odilon de Oliveira não tem sido nada fácil. Com várias ameaças de morte, sua rotina é semelhante à de um presidiário. Único juiz da Justiça Federal em Ponta Porã, que possui cerca de 1.500 processos para ser julgados, em poucos meses na fronteira ele já condenou pessoas consideradas até então intocáveis na região (ver boxe). Oliveira vive na fronteira sob a proteção de um forte esquema de segurança montado pela Polícia Federal e Exército Brasileiro. Preocupado com sua segurança, raramente ele se expõe em público. Até mesmo durante o horário do almoço, ele opta por comer marmitex na própria sala onde despacha.
Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado em seu gabinete, o juiz Odilon de Oliveira, que tem 18 anos de atuação contra o crime organizado em regiões de fronteira, fala que gosta muito do que faz e que não dá para quantificar as ameaças já recebidas. São ameaças de morte e sequestros através de cartas, recados e telefonemas. Mas nada, segundo ele, influencia na sua maneira de atuar, aplicando as penas conforme estão previstas nas leis vigentes no País. A sua segurança é feita 24 horas por dia por uma equipe de três policiais federais e por militares do Exército Brasileiro. O carro que transporta o juiz é blindado e resiste até a tiros de fuzil AR-15, arma de guerra muito utilizada por grupos criminosos e que pode ser adquirida no comércio do Paraguai.
Edílson José Alves
Fonte: Correio do Estado - MS
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