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Servidores dão a largada em negociação da reforma da Previdência

14/01/2003

Servidores dão a largada em negociação da reforma da Previdência
Os servidores públicos iniciam hoje as discussões sobre a reforma da Previdência com o ministro Ricardo Berzoini (Previdência Social).

O primeiro encontro entre a presidente da CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social) da CUT, Denise Motta, e Berzoini está marcado para as 15h30 de hoje.

Segundo Denise, a CNTSS _que representa 2 milhões de trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência Social_ não vai apresentar uma proposta formal para a reforma neste primeiro encontro. "Queremos mais ouvir quais são as propostas do ministro, pois muita coisa se falou na semana passada e vimos que já ocorreram mudanças de posicionamento em relação a alguns pontos da reforma", disse ela.

O secretário de organização da CNTSS, Wladimir Nepomuceno, disse que o principal problema da proposta de reforma da Previdência é a fixação de um teto único de benefícios previdenciários para os servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada. "Não vamos aceitar um teto baixo como esse de jeito nenhum. A reforma tem de ser feita para nivelar os benefícios por cima e não por baixo", disse Nepomuceno, referindo-se ao teto R$ 1.561,56 pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para os trabalhadores da iniciativa privada.

Segundo ele, 80% dos 459 mil servidores públicos federais da ativa recebem até R$ 2.000. "Não vamos concordar com a criação de um teto baixo só para obrigar o servidor público a contribuir para um regime de previdência complementar."

A reforma prevê a criação de um sistema universal de previdência para os trabalhadores públicos e privados _com um teto único de benefícios e de contribuição. Os servidores públicos, que podem hoje se aposentar com um benefício equivalente ao último salário da ativa, terão de contribuir para um fundo de pensão para receber uma aposentadoria maior que o novo teto único de benefícios.

Além de dar início à negociação dos servidores sobre a reforma da Previdência, Denise quer propor a Berzoini um calendário de discussões que estão pendentes entre os trabalhadores do setor. Na pauta da presidente da CNTSS estão a jornada de trabalho, plano de carreira e reajuste salarial.

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