Escrivães protestam contra fim do cartório único »
Escrivães de Polícia Federal que fazem parte do grupo de discussões dos EPFs fazem um protesto simbólico em todo o país na semana de 14 a 18 de setembro, contra o fim do processo de implementação do “cartório único”. Durante toda a semana, os policiais irão trabalhar de terno, roupa preferida dos delegados. A medida visa chamar a atenção para o verdadeira guerra que algumas autoridades declararam ao cartório único.
Em matéria publicada na última semana, a Federação Nacional dos Policiais Federais denunciou a manobra para por fim aos cartórios. Segundo informações colhidas pela Agência Fenapef, delegados estariam descontentes por perderem “poder” e estariam pressionando para terem os escrivães de volta à sua ante-sala para receber documentos e atender telefone.
O grupo de escrivães que organiza o protesto destaca que o cartório único traz eficiência, equidade, dignidade e profissionalismo ao exercício da função. “O Cartório Único acaba com a vinculação quase umbilical entre EPF e DPF e quem ganha com isso é a qualidade do trabalho”.
Segundo escrivães ouvidos pela Fenapef, o modelo de Cartório Único pode existir por si, como setor autônomo, podendo inclusive colher os frutos de estatísticas favoráveis e buscar soluções próprias para o dia-a-dia. “O Cartório Único nasceu de algumas experiências bem sucedidas na busca pela eficiência da prestação do serviço público, agilidade do trâmite cartorário, profissionalismo nas relações interpessoais e equidade na divisão do trabalho.”
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcos Wink esclarece que a entidade já se posicionou formalmente, junto ao DPF, contrária ao fim do cartório único. Conforme Wink, a medida é um retrocesso para o trabalho policial. “A autonomia dos escrivães no gerenciamento de seu trabalho significa a valorização de sua função, ir contra essa política é um atraso para o DPF”.
Fonte: Agência Fenapef
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