Polícia Federal lança software com retrato-falado digital
JB Online
A Polícia Federal lança nesta terça-feira em Brasília o retrato-falado digital, um novo sistema de identificação de criminosos criado pelo Instituto Nacional de Identificação (INI) – que pertence ao órgão – para funcionar como ferramenta auxiliar revolucionária na investigação policial. Sai de cena o velho retrato-falado baseado na descrição das vítimas sobre as características faciais de um criminoso e entra um software que roda na rede através do Windows, com a imagem colorida, melhor definição e com mais informações sobre a pessoa procurada.
Uma das novidades no retrato-falado digital é que ele diversificará a imagem do criminoso, acrescentando os retratos de qualidade fotográficas – aperfeiçoada em photoshop – de como ele seria em idade mais avançada e, com base também no estilo de vida, comportamento ou algum detalhe captado pela vítima no momento do crime, a simulação de tipos de disfarce que poderia estar usando.
Chamado de Projeto Horus – uma referência ao Deus egípcio cujo único olho vigia e protege o universo –, o software do novo sistema de identificação é resultado de quatro anos de pesquisa, um trabalho dos papiloscopistas policiais lotados no setor de Representação Facial Humana (RFH), do INI. O custo da engenhoca é baixo por usar tecnologia e mão de obra da Polícia Federal. Sempre que precisa recorrer a algum recurso do gênero no mercado, os órgãos policiais têm de desembolsar R$ 20 mil por cada unidade de software. Além de modernizar e aperfeiçoar o sistema de identificação, o novo sistema poderá ser estendido às polícias estaduais de todo o país através de convênio.
O retrato-falado digital é uma evolução da velha técnica em que a vítima descrevia o criminoso apenas com informações sobre o rosto, nariz, boca e os olhos para o perito desenhar uma imagem em preto e branco que era distribuída aos jornais e reproduzida aos policiais envolvidos em determinada investigação. Agora é montado um verdadeiro banco de dados com todas as informações sobre as características físicas do criminoso, eventuais sinais acrescidos à pele – como taguagens – e, descendo a detalhes, até o comportamento apresentado durante a ação e captado pela vítima. Os peritos têm se debruçado em novas técnicas de identificação não só para ajudar a esclarecer crimes de difícil solução, mas também para reduzir o número de delinquentes perigosos em circulação. O Brasil tem cerca de 350 sentenciados fora dos presídios e, destes, algumas centenas considerados de alta periculosidade ou especializados em crimes modernos. No âmbito de suas atribuições, a Polícia Federal já vem usando esse novo sistema na identificação de autores de roubos a bancos.
Fonte: Midiamax
Últimas Notícias
O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais