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Violência e segurança pública dão o tom da semana no Rio

30/07/2004

Violência e segurança pública dão o tom da semana no Rio RIO - Outro episódio de violência urbana marca a semana no Rio. Francisco Lima Silva, de 68 anos, cônsul do Itamarati, foi baleado no braço esquerdo no início da noite desta quinta-feira, depois de ter sido abordado por assaltantes que tentaram roubar seu carro. O episódio acontece no dia seguinte à morte do bancário aposentado Josias Tavares na Barra da Tijuca, atingido por uma bala perdida na cabeça, e menos de 24 horas depois da tentativa de assalto que vitimou a comerciante Rosemeri Reis Haddad, atropelada depois de ter sua bolsa roubada na Zona Sul.

Francisco, que já trabalhou em Honduras, El Salvador e Xangai, estava com a mulher num Corola, e foi rendido quando passava pela Avenida Brasil, altura de Bonsucesso. Os bandidos retiraram a mulher do carro e levaram Francisco. Ele foi encontrado depois, ferido, dentro do carro. O cônsul foi levado para o Hospital Geral de Bonsucesso.

Josias Tavares, de 67 anos, passeava na manhã desta quarta-feira com seus netos no Parque Pomar da Barra, por volta do meio dia, quando o segurança particular Leomar Miguel iniciou uma troca de tiros com dois bandidos que tentavam roubar a autônoma Andréa de Miranda Negri, de 46 anos. Josias foi atingido por uma bala perdida na cabeça e morreu na hora.

Já a comerciante Rosemeri Reis Haddad, de 54 anos, faleceu por volta das 6h30m desta quinta-feira. Ela havia sido internada no Hospital Miguel Couto com traumatismo craniano, após ter sido atropelada na Vieira Souto. Rosemeri acabara de desembarcar de seu carro quando foi atacada pelos ladrões que estavam em duas bicicletas. Ao ouvir alguém gritar "cuidado, é assalto", a mulher se assustou e correu em direção à pista da avenida. Na confusão, ela foi atropelada pelo Passat do comerciante Sidney Rodrigues Soares, de 28 anos. Os ladrões levaram a bolsa da vítima.

Outros casos

Mas não foram só os assaltos e balas perdidas que chamaram a atenção dos cariocas durante a semana. A dança das cadeiras nas polícias Civil e Militar e o surpreendente furto de armamentos do Museu Histórico do Exército também reforçaram a sensação de insegurança na cidade.

Na terça-feira, três fuzis FAL calibre 762 mm foram levados do Museu Histórico do Exército, no Forte de Copacabana, pelo soldado Carlos Henrique de Melo, de 18 anos, que teria sido ajudado pelo soldado Carlos Eduardo Teixeira de Farias, também de 18 anos. O armamento foi localizado no Vidigal, após uma operação de busca que mobilizou integrantes da Brigada de Pára-Quedistas do Exército e da Polícia do Exército, além de policiais do 19º BPM (Copacabana) e do Batalhão de Operações Especiais. Os militares foram coordenados pessoalmente pelo chefe do Comando Militar do Leste (CML), general Manoel Luiz Valdevez de Castro. Segundo o relações públicas do Exército, o Serviço de Inteligência deve prender nas próximas horas os dois soldados acusados de roubar as armas.

Denúncias contra PMs envolvidos em crimes como assassinato, corrupção e roubo, feitas nos últimos dias fizeram com que, na tarde desta quarta-feira, o secretário de Segurança, Anthony Garotinho, divulgasse os nomes do novo comandante-geral da PM, coronel Hudson de Aguiar Miranda, e do chefe do Estado-Maior, coronel Claudecir Ribeiro. Apesar da pouca experiência na área operacional de ambos, Garotinho optou por nomear oficiais com ficha limpa. Segundo o novo comandante, sua principal tarefa será separar o joio do trigo, ou seja, tirar os maus policiais da corporação.

O secretário de Segurança também impôs mudanças na Polícia Civil. Há 19 meses à frente da Coordenadoria de Inteligência e Apoio Policial (Cinpol), a inspetora Marina Maggessi, foi afastada ontem do cargo. Ela centralizava todas as operações de inteligência das delegacias especializadas, trabalhando em uma unidade ligada diretamente ao gabinete do chefe de Polícia. Pela primeira vez, um inspetor de polícia e não um delegado assumirá um cargo tão relevante na Polícia Civil.

Fonte: Site oglobo.com.br

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais