POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Lula é vaiado no velório de Brizola

23/06/2004

Lula é vaiado no velório de Brizola presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vaiado durante o pouco tempo em que esteve no velório do presidente do PDT, Leonel Brizola. Lula atrasou sua viagem para os Estados Unidos para ir ao Rio de Janeiro e comparecer ao velório.

A chegada do presidente causou tumulto no Palácio Guanabara, onde está sendo realizado o velório. Ele chegou acompanhado por vários ministros e conversou com os familiares de Brizola. Foi recebido com vaias e com gritos de "é traidor". Ele também foi chamado de "cachaceiro", enquanto brizolistas gritavam palavras de ordem e frases como "ô-ô-ô Lula Traidor" e "Fora Lula".

Lula permaneceu ao lado do caixão por cerca de dois minutos, mas teve que se retirar, depois que a multidão tentou chegar até ele de maneira ostensiva. O empurra-empurra derrubou a coroa de flores enviada por Lula e dona Marisa. O presidente chegou a ser amparado pelo secretário de Segurança do Rio, Anthony Garotinho.

Apesar dele ter se retirado, os brizolistas continuaram gritando "Lula é traidor" e "você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão". O único ministro do governo que permaneceu ao lado do caixão foi Ciro Gomes, da Integral Regional, que foi apoiado por Brizola quando se candidatou à Presidência da República.

Ao comentar o constrangimento vivido pelo presidente, Ciro Gomes, disse que "há aqui pessoas apaixonadas e chocadas com a morte de Brizola”. "Mas voltando para casa elas vão perceber a grosseria que fizeram com o presidente Lula e com o próprio Brizola", completou.

Ciro Gomes lembrou que, apesar das divergências recentes entre Lula e Brizola, os dois lutaram "juntos a vida toda e, neste momento, é descabido ajuizar quem tem razão". Ciro, que foi o único ministro que conseguiu permanecer ao lado do caixão, apesar da ira dos "brizolistas", disse que ter perdido "um amigo" e lembrou o apoio dado por Brizola à sua campanha presidencial em 2002.

Jacqueline Farid, Karine Rodrigues Fabiana Cimieri

Fonte: site da FENAPEF

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais