Governo corta ponto de grevistas

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou ontem que vai cortar o ponto dos policiais federais em greve, depois que a categoria rejeitou, por unanimidade, a proposta de reajuste de 17% oferecida na segunda-feira. Às 18h de ontem, quando expirou o prazo concedido pelo ministro, o comando de greve encaminhou ao governo um ofício especificando os motivos da recusa e ofereceu uma contraproposta. Thomaz Bastos ainda anunciou a abertura de concurso para contratação de novos policiais.


A PF considerou o reajuste do ministério ‘‘antidemocrática‘‘, mas para não interromper o diálogo, propôs que o aumento reivindicado com base na Lei 9266 - que equipara a tabela com os vencimentos de nível superior - seja dividido em quatro parcelas.



Segundo o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, a primeira parcela seria paga este mês e a segunda no fim do ano. As restantes seriam depositadas em abril e em dezembro de 2005.



O presidente da Fenapef afirmou que o corte de pontos não intimida a categoria, que já recebeu, em 13 Estados, liminares que impedem a medida. O governo rebateu, afirmando que vai recorrer.



- Estamos aguardando outras decisões. Se em alguns estados a Justiça for favorável ao corte, a categoria vai contribuir com cotas para garantir o salário de todos os grevistas.



Garisto ainda ameaçou radicalizar novamente o movimento, com o retorno da operação padrão, interrompida há duas semana por ordem da Justiça.



Como forma de protesto, dezenas de grevistas distribuíram pizzas em frente ao ministério da Justiça, simulando a ‘‘Pizzaria do Waldomiro‘‘, em referência ao ex-assessor da Casa Civil. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF, Fernando Honorato, disse que a categoria pode ficar até um ano em greve.



Com Hugo Marques


Copyright JB Online

Últimas Notícias