POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Agentes da PF estudam implantar "operação padrão" em Congonhas

25/03/2004

Agentes da PF estudam implantar "operação padrão" em Congonhas A chamada "operação padrão", realizada por policiais federais em greve, pode atingir as operações no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo.

De acordo com o presidente do sindicato dos agentes em São Paulo, Francisco Carlos Sabino, o movimento tem se restringido aos vôos internacionais, mas a categoria ainda estuda a possibilidade de a operação ser estendida aos passageiros de vôos domésticos.

Segundo informações do aeroporto de Congonhas, a operação é normal nesta quinta-feira, sem a interferência de grevistas.

Cumbica

O aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, também opera normalmente na tarde desta quinta-feira, sem filas para embarque ou desembarque.

Por causa da "operação padrão" implantada pelos policiais federais grevistas, delegados foram obrigados a realizarem a fiscalização de passageiros de vôos internacionais. Na operação, todo os passageiros passam por minuciosa fiscalização, o que gera filas e atrasos de vôos.

Portaria

Para tentar minimizar os problemas da "operação padrão", o Ministério da Justiça criou portaria determinando que os funcionários da Infraero auxiliem os policiais federais a fiscalizarem os passageiros. No entanto, conforme a Infraero, os funcionários aguardam treinamento da PF para poderem atuar na revista.

Para a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), a portaria é inconstitucional. A federação informou ainda que a "operação padrão" pode ser estendida para passageiros de vôos domésticos.

Greve

Os policiais federais entraram em greve no último dia 9. Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) reivindicam o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo.

O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.

O ministério diz ainda que agentes, escrivães e papiloscopistas teriam o salário elevado de R$ 4.199 para R$ 7.788, equiparando-se aos delegados, o que representaria um impacto de cerca de R$ 600 milhões anuais na folha da União.

Nesta terça, o ministério ofereceu aumento de 10% para os policiais. A proposta não foi aceita pelos grevistas.

Com Agência Brasil



Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais