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Policiais federais em Macaé continuam atuando em escalas »

15/10/2012

Policiais federais em Macaé continuam atuando em escalas »

Já são mais de dois meses da greve dos Policiais Federais e nenhuma solução. Apesar de a categoria ter voltado ao trabalho na sexta-feira (5) , após um acordo com o Tribunal Regional Eleitoral para garantir a tranquilidade das eleições, nesta segunda (8), os policiais  novamente paralisaram as atividades. Segundo representantes da categoria no Rio de Janeiro, ainda não há previsão de finalizar o movimento.

 Em Macaé, no Norte do Rio de Janeiro, foi organizada uma escala de trabalho para que seja cumprida a determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mas, segundo o representante do comando de greve do município, Carlos Oliveira, alguns serviços, como emissão de passaporte, diminuíram significativamente.

 No município há grande procura de estrangeiros no serviço de migração da Polícia Federal. De acordo com Carlos, somente os casos que podem gerar multas estão sendo feitos. “Como é dado o prazo de 30 dias para o estrangeiro ser registrado,  nós realizamos o serviço para não chegar a originar multa”, explicou.

Se a greve se estender, na Região dos Lagos, por exemplo,  o efetivo será dobrado na área portuária para atender a temporada de alta estação, quando aumenta o número de transatlânticos na região

Nesta terça (9) e quarta-feira (10), representantes de 27 sindicatos do país estarão reunidos junto à Federação Nacional dos Policiais Federais, em Brasília, para avaliar o movimento e decidir o rumo da greve. Ainda não há reunião agendada com o Governo para negociação.

 “Já são mais de 60 dias e não houve proposta por parte do Governo. Eles apresentaram apenas o reajuste de 15,8%, mas este é dividido em três anos, o que significa um aumento abaixo da inflação. Além disso, nossa greve não é por aumento salarial, mas pela reestruturação da carreira”, explicou o representante do comando de greve da cidade do Rio de Janeiro, Luiz Carlos.

 De acordo com o representante, a categoria reivindica que sejam regulamentadas em lei as funções exercidas pelos policiais nas carreiras de nível superior. Esta teria sido reconhecida pelo governo no ano de 2011 e proposta para ser implementada em janeiro de 2012. Mas, não teria sido cumprida.

 O sindicato da categoria alega que mais de 200 policiais federais, com curso superior, deixam a PF por falta de perspectivas profissionais por ano.

 Em determinação do Tribunal Superior de Justiça, o movimento paredista tem que garantir o funcionamento de alguns dos serviços oferecidos por eles para que não seja considerado ilegal. Os portos e aeroportos tem que funcionar com 100%; o serviço de inteligência com 70% e a polícia judiciária com 50% do efetivo.

 

 

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais