Pernambuco Polícia Federal protesta no Catamarã »
A Polícia Federal (PF) usou um catamarã hoje pela manhã para chamar a atenção de turistas e da população para a greve da categoria. Os grevistas partiram do Pina e seguiram até a Ponte Velha, no centro, passando pelas pontes do Limoeiro, Princesa Isabel e Duarte Coelho. A viagem durou 1h. No Marco Zero, os manifestantes soltaram fogos. Quinhentos agentes, escrivães e peritos papiloscopistas estão com os braços cruzados desde 7 de agosto. A mobilização em pontos turísticos também aconteceu em outros estados do país.
Os policiais fixaram cartazes na embarcação com os dizeres alusivos as reivindicações que estão sendo negociadas com Ministério de Planejamento MPOG. "O protesto é a sinalização da nossa insatisfação. Não aceitamos a proposta do governo. É uma maneira diferente de atrair a atenção da população", explica o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Pernambuco (Sinpef), Marcelo Pires.
No Marco Zero, a turista argentina Suzana Reirieso, 68 anos, comentou a mobilização. "Achei original, diferente. Não vejo isso no meu país", conta a professora.
A paralisação completa hoje 46 dias. A emissão de passaporte permanece suspensa por tempo indeterminado. A exceção é para os casos comprovados de necessidade médica, mediante a apresentação de atestado, e para quem for viajar e esteja com o processo de liberação concluído.
Devido à greve, apenas 20 passaportes estão sendo emitidos diariamente. A média diária é 300. "Hoje, carecemos de efetivo e de equipamentos para combater o crime organizado. Estamos em greve por tempo indeterminado", conta o presidente Marcelo Pires.
Além disso, a partir de hoje a emissão de passaporte está suspensa no Aeroporto Internacional dos Guararapes - Gilberto Freyre. A exceção fica para os casos de necessidades médicas e viagens de urgência.
A categoria reivindica reestruturação da carreira e reestruturação salarial. De acordo com o sindicato da classe, o Sinpef/PE, o total da instituição se encontra com 90% do efetivo de agentes, escrivães e papiloscopistas paralizados. Os policiais federais se queixam da demora do governo federal em negociar com a categoria.
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