PF faz operação padrão no aeroporto de Campo Grande e vistoria todas as bagagens
A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul realiza a operação-padrão no Aeroporto de Campo Grande e nas estradas da fronteira com as cidades de Corumbá e Ponta Porã. Desde as 11h da manhã desta quinta-feira (17), 12 agentes da PF por turno, fazem panfletagem e uma espécie de pente-fino nas bagagens e consulta dos passageiros .
Aproximadamente 50 passageiros de um voo Campo Grande-Corumbá marcado para as 11h50, foram os primeiros a passarem pela vistoria mais rigorosa.
Todas as bagagens estão sendo vistoriadas pelo raio-x e, os passageiros passam por entrevista e consulta no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos.
“Esse procedimento deveria ocorrer todos os dias, porém não é possível, por conta do efetivo da Polícia Federal no aeroporto”, diz o presidente do Sinpef (Sindicato dos Policiais Federais do MS), Jorge Luis Caldas, sobre a quantidade de dois agentes por turno no Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Segundo o presidente do sindicato, a categoria espera uma reunião em Brasília-DF com o governo Federal na próxima terça (22), caso não tenha acordo a greve que acontece desde o último dia 7 continua.
Os próximos, voos marcados para as próximas horas para São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, podem ter atrasos de até duas horas, devido ao número de passageiros.
Os policiais federais discutem principalmente a reestruturação salarial dos cargos de agente, escrivão e papiloscopista. “Estes profissionais são de nível superior desde 1996 e recebem o salário inicial de R$ 7 mil. O salário teria de ser R$ 14 mil e, caso o governo acene R$ 9 mil, por exemplo, queremos que a diferença esteja diluída em um valor escalonado nos próximos dois anos”, comenta o presidente do sindicato.
Conscientes de que a negociação está difícil, policiais federais pedem uma carreira equivalente ao que foi feito com a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) recentemente. “Foi uma negociação com sucesso destes profissionais, assim como aconteceu com outras carreiras federais.
"E os policiais federais de nível superior são os únicos que ainda recebem como se fossem de nível médio, fazendo em nada valer o título acadêmico”, argumenta o presidente Caldas.
MS tem aproximadamente 350 agentes da Polícia Federal, sendo que 150 atuam na Capital.
“Quando não atinge o objetivo em uma negociação, ele tem todo o direito de reivindicar”, diz o médico Paulo Goni de 55 anos.
“Acho que causa transtorno, poderia reivindicar, sem atrapalhar a população”, argumenta a enfermeira Tânia Arruda, 39, que embarcava para Corumbá.
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