Federais pedem saída de Daiello, reestruturação salarial e reestruturação da car
"Cortejo" pela esplanada | Mobilização frente ao DPF |
Mais de 400 policiais federais vestidos de preto pediram na manhã desta quarta-feira, 25, a saída do delegado federal Leandro Daiello da direção geral da Polícia Federal. Os policiais se concentraram em frente ao edifício sede da Polícia Federal e de lá seguiram em caminhada até o ministério da Justiça onde fizeram o enterro simbólico do diretor. O movimento #ForaDG formalizou o pedido de demissão de Daiello por meio de ofício protocolado no MJ.
Leandro Daiello está há 18 meses na direção-geral da PF. Neste período sua gestão foi marcada de um lado pela omissão e de outro pelo corporativismo. O atual diretor-geral fechou os olhos à perseguição a sindicalistas; engavetou a proposta de reestruturação salarial assinada por todas as entidades; não participou do processo de negociação da reestruturação salarial e da reestruturação da carreira de agentes, escrivães e papiloscopistas; privilegiou os delegados em detrimento de outras categorias; compactuou com a desvalorização do Curso Especial de Polícia e por aí vai.
Encastelado nos altos do edifício sede da PF o diretor conseguiu se tornar unanimidade entre os EPA´s. “O diretor-geral da Polícia Federal não fez nada, tem uma administração incompetente e, para nós, agentes, escrivães e papiloscopistas, está moralmente morto”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Pernambuco e diretor Parlamentar da Fenapef, Marcelo Teixeira.
Caso Daieelo tenha olhado de sua janela para baixo viu que realmente sua cotação está péssima com os policiais. Os centenas de federais presentes ao ato gritaram com toda força pedindo sua saída, soltaram fogos e colocaram seu caixão em frente a porta de entrada da sede. Ninguém o tirou o féretro dali!
Até mesmo a CUT, representada no ato pelo diretor Antônio Lisboa Amâncio do Vale criticou o DG. “A Polícia Federal precisa de um diretor-geral que respeite todos os servidores e valorize a democracia”, disse Lisboa.
UM DG DE FORA – O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcos Wink, ressaltou a necessidade de um diretor-geral de fora dos quadros da Polícia Federal. “Precisamos de um gestor que olhe a PF sem a visão corporativa dos delegados e que administre a instituição para todos os seus servidores”, disse o presidente.
O presidente da Federação fez um balanço da negociação de reestruturação salarial e reestruturação da carreira. Ele ressaltou que a proposta, construída em conjunto com o ministério do Planejamento, é viável mas não avança. “Estamos negociando, mas só recebemos como resposta enrolação. Agora é a hora da mobilização aqui em Brasília e em todos os estados”, disse Wink.
O diretor de Relações do Trabalho da Fenapef, Francisco Sabino, ressaltou que o diretor-geral da PF esteve à frente da Superintendência de São Paulo e por lá não deixou saudades. Para o diretor, o movimento #ForaDG tem que se tornar permanente. “De hoje em diante temos que tornar esta frase presente em nosso dia-a-dia enquanto este senhor estiver no DPF”, disse.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Goiás, Adair Ferreira, fez um chamamento para que todos os policiais se integrem a luta pela saída do DG e pela reestruturação salarial. “Vivemos um momento histórico e não podemos perder a oportunidade de mudar o DPF”, ressaltou Ferreira.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal Jones Borges Leal classificou a administração de Leandro Daiello como classista. “Ele defende somente os interesses da categoria dos delegados e esquece dos agentes, escrivães, papiloscopistas e servidores administrativos”, disse Leal. O presidente do sindicato pediu um minuto de silencia em memória dos dois colegas que morreram no DF na última semana.
O representante do Sindicato dos Policiais Federais no Rio Grando Sul Barbosa Luis Carlos da Silva Barbosa qualificou a adtual administração como uma "administração mosca morta". "Queremos a saída dele do DPF e que ele volte para São paulo", disse.
ESPLANADA – Um “cortejo” carregando o caixão do diretor-geral e faixas com mensagens pedindo valorização dos EPA´s seguiu pela esplanada dos ministérios até o ministério da Justiça. No local os policiais tomaram a rampa de acesso ao prédio e dali deram seu recado ao ministro.
A assessoria de José Eduardo Cardozo comunicou que ele não estava no prédio, mas acabou por receber o ofício pedindo a saída do DG.
O ato foi encerrado com a cremação do caixão com a foto de Leandro Daiello.
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