POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Policiais federais cruzam os braços por tempo indeterminado

09/03/2004

Policiais federais cruzam os braços por tempo indeterminado A partir de hoje, os 250 policiais federais de Mato Grosso do Sul entram em greve, em movimento desencadeado em todo o País, por tempo indeterminado. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e, principalmente, aumento do salário base, sem reajuste há oito anos e em desacordo às alterações da Lei Federal nº 9.266/66.

Cerca de 100 policiais federais realizam em ato público na frente da sede da Polícia Federal, em Campo Grande. Os 40 profissionais que atuam no setor administrativo não aderiram a greve. A principal reivindicação é o reajuste do salário base, já que hoje a remuneração pode chegar a R$ 3 mil, somando-se gratificações e salário base de R$ 250,00, estipulado quando o ingresso na carreira poderia ser feito com escolaridade média.

Com a aprovação da Lei 9.266/66, o critério para aprovação passou a ser de ensino superior, porém, sem reajuste do rendimento básico. O presidente do Sinpaf/MS (Sindicato da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul), Sidnei Cuissi, explicou que o correto seria de R$ 380,00, alterando o ganho mensal para R$ 4,8 mil, incluindo gratificações.

Sidnei Cuissi também cita a falta de condições de trabalho como motivo de protesto. A munição é escassa e o treinamento do policial é feito com armamento ultrapassado. “Se quiser investir, tem que ser do próprio bolso e ainda tem que pedir autorização”, disse, durante a reunião da última sexta-feira, que definiu estratégias de plantão emergencial e equipe de custódia de presos, obrigatória durante a greve.

A categoria fez uma paralisação de advertência entre os dias 16 a 18 de dezembro e recebeu como garantia do governo Federal de sanar os problemas até 29 de fevereiro. Sem resposta, os policiais federais optou pela greve, protesto que conta com adesão total no País, entre escrivão, papiloscopista e agentes federais. O último protesto dos profissionais aconteceu em 1994 e durou dois meses. “É o último recursos que nós temos”, avaliou Sidnei Cuissi.



Silvia Frias e Aline Queiroz

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais