POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


CAOP vive caos administrativo »

05/03/2012

CAOP vive caos administrativo »

Em recente informativo interno (Nº 48 de 9/2/12), dirigentes da Polícia Federal apregoam que a CAOP - Coordenação de Aviação Operacional "é um dos trunfos para garantir a segurança das autoridades e festividades", dentro do calendário de grandes eventos que compreende os Jogos Olímpicos Mundiais de 2016, a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e, no mês de junho, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentado, a Rio+20.

As maravilhas publicadas no informativo sobre a CAOP, no entanto, fogem totalmente à realidade. Trata-se de um blefe pois aquela Coordenação vive um caos administrativo sem precedentes!

 Criada em 1986 "a partir da necessidade extrema de transporte rápido das equipes policiais para áreas de difícil acesso" - como explica o informativo -, a CAOP há muito vem perdendo a sua identidade.
 

 As falhas administrativas são gritantes. Nenhum dos seis helicópteros que estão sob a responsabilidade da CAOP possui contrato de manutenção, o que implica na impossibilidade de realizarem voos. Um helicóptero modelo Esquilo está sem voar desde o ano de 2006 (isso mesmo, 2006!) quando foi entregue ao DPF, em perfeitas condições técnicas, logo após a sua apreensão. Os dois helicópteros modelo Bell 412 estão parados: um, há mais de dois anos e outro, voou pela última vez na posse da Presidente Dilma.

                       

     Helicóptero Esquilo, sem voar desde 2006 e um dos dois Helicópteros Bell 412, desmontados há anos.

 No caso dos seis aviões existentes na CAOP, apenas dois estão em condições de levantar voo. Dos quatro restantes, dois estão sem voar desde 2005, após a ANAC fiscalizar e proibir a utilização destes em razão de diversas irregularidades em suas manutenções. O avião Embraer 145, comprado por cerca de 12 milhões de dólares pelo DPF com recursos da Força Nacional e operado pela CAOP, está sem alçar voo desde julho de 2010, portanto há mais de 19 meses!

                      

                    Aviões modelos Carajá e King Air, proibidos de decolar pela ANAC desde 2005.

 Tamanha é a desorganização, que mesmo que fosse preciso colocar no ar todas as aeronaves existentes na Polícia Federal em condições de uso, não haveria pilotos suficientes para que as mesmas fossem utilizadas.

                                 

                     Avião Embraer 145, que custou US$12 milhões, sem voar há mais de 19 meses.

 Mesmo assim, no informativo oficial da instituição, os dirigentes da Polícia Federal asseguram que "a CAOP hoje se torna imprescindível para o sucesso da PF no desenvolvimento de suas atividades". Basta ouvir os policiais federais lotados fora de Brasília, principalmente nas fronteiras, para confirmar que há anos eles não contam com os aviões e helicópteros da CAOP no apoio às suas operações, ficando na dependência da ajuda de unidades aéreas de outros órgãos.

Ainda bem que os representantes das 193 nações que estarão no Rio de Janeiro para a conferência em junho próximo nem desconfiam que a Polícia Federal do Brasil não poderá garantir a imprescindível segurança apregoada no informativo.

 

 

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais