POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Depom enfrenta dificuldades para combater ao crime em Guaíra »

16/01/2012

Depom enfrenta dificuldades para combater ao crime em Guaíra »

 

 

Guaíra (PR) está localizada entre os limites das regiões noroeste e oeste do Paraná, às margens do Rio Paraná. De um lado o município faz divisa com o Mato Grosso do Sul. Do outro lado do Rio Paraná está a cidade de Salto Del Guairá no Paraguai. Com pouco mais de 30 mil habitantes, Guaíra deveria ser uma pacata cidade do interior do país, mas na prática isto não acontece.

A proximidade com o Paraguai, faz com que aquele ponto da fronteira brasileira seja uma das principais rotas do contrabando de cigarros na região. Para controlar este, e outros tipos de crimes, oito valorosos policiais federais se revezam dia e noite em incursões pelo Rio Paraná  na caça de contrabandistas, traficantes e outros criminosos.

A equipe do Depom dispõe de seis embarcações para executar o trabalho, o que numa primeira análise é um número razoável levando em conta a necessidade de manutenção e de diferentes tipos de embarcações para diferentes missões. Mas, o problema está no tipo de motorização dos barcos.

As lanchas são, em sua maioria,  equipadas com motores de baixa potência o que prejudica a perseguição, interceptação das cargas dentro do rio e prisão dos criminosos. É cada vez mais comum os criminosos equiparem seus barcos com motores de alta potência para, a qualquer sinal dos federais, dispararem rumo à margem brasileira e fugirem mato adentro. Se a fuga for em direção ao Paraguai não há a menor possibilidade de prisão ou apreensão.

Não bastasse isso, o crime organizado em Guaíra e região conta com uma vasta rede de olheiros que ao menor sinal de movimento no lago aciona os demais criminosos prejudicando a estratégia dos federais.

Segundo informações colhidas pela Fenapef, o Vant (veículo aéreo não tripulado) não teria sido utilizado na região para dar suporte aéreo aos federais que suam a camiseta lá embaixo.

VISÃO NOTURNA – Não é novidade os problemas enfrentados pelos federais lotados nos Depons Brasil à fora.  Em Foz do Iguaçu, no mesmo estado do Paraná, somente a dedicação e a superação da falta de condições de trabalho, explicam as apreensões e prisões feitas pela equipe de policiais.

Em Guaíra é a mesma coisa. À noite os federais não dispõem de binóculos de visão noturna e a comunicação é feita com celulares abastecidos com chips da companhia telefônica paraguaia, a única que funciona naquele local. As contas dos aparelhos são pagas com dinheiro do bolso dos próprios federais.

Para o diretor de Relações do Trabalho da Fenapef, Francisco Sabino, que esteve em Guaíra para ver a situação de perto, a prisão de criminosos e apreensão de contrabando, drogas e armas só acontecessem em razão do trabalho incansável dos policiais federais. Para o diretor, os policiais estão trabalhando no limite de suas forças. “Estamos diante de um quadro que pode resultar na perda de vidas desses valorosos colegas e os administradores da PF nada fazem”, diz.

Para o policial é passada a hora do Congresso Nacional tomar para si a missão de investigar a situação precária a que está submetida a Polícia Federal no Brasil. “Creio que deputados e senadores poderiam contribuir com a segurança do país a partir da realização de uma CPI da PF”, sugere Sabino.

 

Depom
Delegacia
Mato Grosso do Sul
Ponte

 

 

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais