Policiais federais realizam manifestação nesta quinta-feira »
Policiais federais que atuam nas fronteiras do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina promovem uma manfestação em protesto pelo abandono a que estão submetidos. Não está descartada a realização de operações-padrão nas regiões de fronteira nestes estados.
Em nota, o Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul destaca que o abandono governamental já conseguiu contaminar boa parte do efetivo da PF nas fronteiras, fazendo com que seus quadros entreguem-se à insatisfação e ao desânimo. "No Rio Grande do Sul, por exemplo, há apenas 08 policiais a postos para monitorar uma fronteira de mais 1000 km do Chuí a Porto Mauá", diz o presidente da entidade, Paulo Paes.
Conforme os sindicatos envolvidos na manifestração, a PF não possui condições técnicas e nem capital humano minimamente suficientes para controlar a entrada e saída de pessoas no País, mesmo em situações normais, muito menos em situações excepcionais, como Copa do Mundo ou Olimpíadas. A renúncia estatal é campo fértil para que armas e drogas ingressem livremente no Brasil.
A Fenapef e os sindicatos defendem a imediata implantação de uma sistemática de concursos e remoções na PF, bem como a instituição de uma indenização de fronteira, tal como ocorre com os militares, como forma de compensar as precárias condições a que são submetidos o policial federal e sua família.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Mato Grosso do Sul, Jorge Caldas, confirmou a realização da manifestação em Corumbá, Dourados e Ponta Porã. "Os policiais que atuam na contenção de armas e drogas que entraiam no Brasil, no entanto, estão esquecidos pelo governo federal", diz o presidente.
Ja o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcos Wink, sugeriu hoje em reunião no ministério do Planejamento, a edição de uma Medida Provisória criando o auxílio fronteira. "Os policiais que atuam em locais de difícil provimento estão revoltados com o abandono ao qual estão submetidos", disse.
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