PF prepara paralisação
Cerca de 11 mil servidores da Polícia Federal em todo o Brasil, entre administrativos, agentes, escrivães e papiloscopistas, planejam entrar em greve a partir de 25 de agosto. Em assembléia realizada ontem, em frente ao Edifício Sede da corporação, em Brasília, os trabalhadores reclamaram da lentidão do Ministério do Planejamento para dar uam resposta aos pedidos de reestruturação salarial e discutiram o início da mobilização. Com salários entre R$ 7,5 mil e R$ 11,8 mil, os agentes, escrivães e papiloscopistas pedem aumento que chegam a 55% nos salários até 2014.
A reivindicação é para que o teto salarial seja semelhante ao dos servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), de R$ 18,4 mil. Em negociação com o governo federal desde abril, os servidores aguardam uma proposta oficial do Planejamento para a próxima terça-feira. Dois dias depois, eles vão se reunir em assembléia para decidir o rumo dos protestos. “Podemos votar pela greve, pela operação padrão ou por paralisações. Nosso último aumento, de 17%, ocorreu em 2004 e foi feito de forma parcelada. Tentamos negociar pacificamente até agora, mas não tivemos resultado, relatou Jones Leal, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol/DF).
No caso dos servidores do Plano Especial de Cargo, que reúne 2.672 funcionários administrativos de níveis fundamental, médio e superior em todo o país, o pedido é por um reajuste de 17%. Hoje, eles recebem salários que variam de R$ 2.115,19 a R$ 6.065,00.
Luta por melhora
“O governo já sinalizou com o aumento para os empregados de nível superior. Mesmo assim, deveremos entrar em greve para lutar pelos outros cargos”, avisou Leilana Ribeiro de Oliveira, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SinpecPF).
Além da melhoria nos contracheques, os servidores brigam por uma carreira como um todo. Eles também são contrários a propostas em andamento no Congresso Nacional, a exemplo do Projeto de Lei nº 1.992, que cria a previdência complementar do servidor federal. Se aprovada, a nova regra vai valer para quem ingressar nos órgãos após implementação das mudanças. “Trata-se de uma profunda desvalorização para o servidor, sustentou Marcos Verlaine, analista sindical e assessor parlamentar do Sindipol/DF.
Briga por concursos
O Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol/DF) briga também pela realização de concursos públicos. “Temos terceirizados em toda a PF. Além disso, há pouco efetivos. No aeroporto, por exemplo, há apenas seis agentes de polícia para gerenciar todo o terminal”, reclamou o presidente da entidade, Jones Leal. Em razão dos cortes no Orçamento, o governo suspendeu nomeações.
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