FENAPEF DIVULGA NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE DECLARAÇÕES DO DG
19/11/2003
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A respeito das graves acusações contra o movimento sindical, lançadas pelo Diretor-Geral da Polícia Federal, delegado aposentado Paulo Lacerda, a Federação Nacional dos Policiais Federais - FENAPEF esclarece:
1. Sempre defendeu o combate à corrupção e a apuração de todas e quaisquer irregularidades no âmbito da Polícia Federal;
2. A afirmação de que os sindicatos são contrários a prisões de policiais, é totalmente inverídica. Prova disso é a proposta apresentada pela FENAPEF, em 2001, de criação de uma corregedoria independente e operacional, vinculada diretamente ao Ministro da Justiça. A FENAPEF deixa claro que exige apenas, quando um policial for preso, que ele tenha os mesmos direitos de qualquer acusado, nada mais;
3. Não se poderia esperar outra atitude do senhor Paulo Lacerda. É avesso a sindicatos. Ele gostaria que as entidades sindicais não existissem, de modo a continuar com sua desorganizada e autoritária gestão, sem ouvir críticas;
4. Com referência ao pagamento de diárias, em momento algum a FENAPEF incitou policiais a não efetuar investigações ou viajar, com o objetivo de boicotar a “Operação Anaconda”. O Diretor-Geral, ardilosamente e sem nenhum escrúpulo, distorce a verdade e tenta jogar a opinião pública contra as entidades de classe para esconder sua administração falida, onde, incrivelmente, policiais têm que efetuar empréstimos em bancos para viajar a serviço. Pagam juros para bancar o Estado. Ele sabe que os sindicatos, historicamente, sempre se colocaram contra esse absurdo. Fica o desafio para que o Diretor-Geral comprove a incitação ou boicote contra a citada operação;
5. A determinação de policiais não viajarem sem diárias, deve-se a decisões administrativas e judicial. As administrativas, ordenadas pelo TCU, em 31/07/2001, inserida na Ata 27/2001, e pela própria Administração da PF, através do telex circular nº 08/2003-GAB/DLOG. A judicial, pela Justiça Federal da Paraíba;
6. A declaração de Paulo Lacerda, de que o presidente da FENAPEF, Francisco Carlos Garisto, “tem um patrimônio incompatível com seus rendimentos de policial”, ressaltando “não estou dizendo que seja fruto de atividade ilícita”, por se tratar de cunho pessoal, será resolvida na Justiça, para que seja explicada a finalidade de declaração tão desprovida de sentido;
7. Quanto à declaração de Garisto ter como ídolo o delegado Bellini, é mais um ato indigno e oportunista. Ambos trabalharam juntos por mais de dez anos. Se o delegado cometeu algum crime, cabe a Justiça julgá-lo. Eventuais contatos telefônicos, não caracterizam, necessariamente, vínculo com os fatos apurados pela “Operação Anaconda”;
8. Finalmente, a FENAPEF reitera que se manterá atenta e lutando para que a Polícia Federal consiga atender as expectativas do povo brasileiro, hoje tão carente de um mínimo de segurança, ao mesmo tempo em que repele atitudes inaceitáveis, tais como lançar insinuações e suspeitas generalizadas que atingem pessoas de várias categorias profissionais, sem a prévia apresentação de provas, prática inadmissível numa Nação que preza pelo respeito ao Estado de Direito.
Brasília, 19 de novembro de 2003
A Diretoria Executiva da FENAPEF
Fonte: Agência Fenapef
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