POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


MINISTRO DA JUSTIÇA AFIRMA QUE PRECARIEDADE NA PF SERÁ RESOLVIDA

14/11/2003

MINISTRO DA JUSTIÇA AFIRMA QUE PRECARIEDADE NA PF SERÁ RESOLVIDA 13/11/2003

BRASÍLIA - As principais investigações e operações que a Polícia Federal (PF) deve desencadear até o fim do ano podem ser prejudicadas pela falta de recursos. Até hoje, a PF devia R$ 6 milhões só em diárias para agentes e delegados que participaram de ações em outros Estados, nos últimos meses.

Uma reintegração de terra determinada pela Justiça em Mato Grosso do Sul foi suspensa por falta de dinheiro e outras deverão ter o mesmo destino. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que a situação será resolvida ainda este mês.

Somente a sede da PF em Brasília deve hoje quase R$ 1 milhão em passagens aéreas, enquanto que, no restante do País, o montante chega a R$ 2,2 milhões. A situação é tão séria que até os telefones correm o risco de serem cortados, pelo fato de a PF ter pago apenas uma das três contas em atraso.

As últimas operações realizadas pela PF consumiram em torno de R$ 1,8 milhão, que ainda não foram faturados, uma vez que não há recursos disponíveis em caixa.

Até agora, nenhuma unidade da PF no País parou totalmente pela falta de dinheiro, mas as operações serão suspensas, uma vez que agentes e delegados não querem viajar sem diárias, como ocorre desde o início do ano. "Muitos policiais entraram no cheque especial", informa um delegado. "Outros recusam a viajar para não deixar a família passando necessidade." O Ministério da Justiça admite a precariedade na PF, mas Bastos ressalta que os recursos complementares programados em outubro serão liberados ainda este mês. "A Polícia Federal trabalha com dificuldades, mas existe um esforço do governo para que a PF não pare de trabalhar", afirmou o ministro. "Ainda em novembro e dezembro, o dinheiro será repassado." Somente este ano, a PF passou por pelo menos cinco crises financeiras, quase entrando em colapso ao ponto de várias superintendências terem seus telefones cortados. Algumas operações de menor relevância deixaram de ser realizadas para não prejudicar outras de grande alcance, como a Anaconda, que levou para São Paulo mais de 100 policiais de outros Estados, uma maneira que a direção da instituição adotou para evitar vazamento de informações.

Fonte: Diário do Pará com AE

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