“Vamos ver quem está denunciando a verdade”, diz Garisto

16/10/2003

Presidente da Fenapef, Francisco Garisto fala das expectativas sobre o trabalho da Comissão de Segurança da Câmara e diz que, na audiência pública do dia 22, parlamentares e sociedade vão saber quem denuncia a verdade sobre as condições de trabalho da Polícia Federal

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou na tarde de ontem o roteiro de atividades apresentado pela deputada federal Perpétua Almeida, do PC do B do Acre, para as atividades do grupo de Diligência que apura a situação da Polícia Federal. “Temos as melhores expectativas em relação ao trabalho, uma vez que a Comissão trata especificamente das questões de segurança em nosso país”, disse Garisto.

A primeira atividade de roteiro vai acontecer já na próxima quarta, dia 22: uma audiência pública vai abordar as questões orçamentárias, administrativas e legais da Polícia Federal. Nessa audiência a Comissão vai colocar frente a frente o direto geral da PF, Paulo Lacerda e o presidente da Federação Nacional do Policiais Federais, Francisco Garisto.

“Eu denunciei várias dificuldades, mostrei documentos, que nós não temos dinheiro para gasolina, que não temos dinheiro para fazer as operações, e isso está prejudicando inclusive ao CPI que apura o caso do Banestado, um desvio, uma roubalheira de 50 bilhões de dólares. A Polícia Federal, por falta de recursos, não está podendo fazer o seu serviço. E lá, vão estar o diretor geral e o presidente da Federação que sou eu. Ele diz que não tem problema nenhum e os policiais federais do Brasil inteiro, os quais eu represento, reclamam e clamam por uma condição melhor de trabalho”, afirmou Garisto.

O presidente da Fenapef destacou ainda a importância da Comissão da Câmara ter aprovado diligências aos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. De acordo com ele, a situação da Polícia Federal nesses estados é de sucateamento e a visita dos deputados vai permitir que se comprove a real situação da PF. “Vamos sair do discurso, mostrar a realidade e, então, comprovar que essa situação precisa ser resolvida com a máxima urgência”, concluiu Garisto.

Fonte: Agência Fenapef

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