Fenapef faz denúncia na Comissão de Segurança da Câmara

08/10/2003

Na tarde desta quarta-feira o presidente da Fenapef, Francisco Garisto, participou da reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Acompanhado por presidentes de sindicatos de todo o país, Garisto denunciou a falta de estrutura para o trabalho dos policiais federais e pediu a intervenção dos parlamentares junto ao governo para solucionar o problema. Ele citou exemplos como a falta de pagamento de linhas telefônicas e de gasolina, muitas vezes pagos do próprio bolso dos policias. Garisto relatou o episódio no qual um helicóptero não pôde decolar durante uma ação por falta de combustível. O resultado foi o ferimento de um policial federal, atingido por tiros durante o enfrentamento com os criminosos.

Durante a reunião, os deputados membros da Comissão decidiram realizar uma diligência para apurar as denúncias de que a falta de condições de trabalho está colocando em risco a vida dos policiais federais. A comissão que vai apurar o caso será coordenada pelo deputado Neucimar Fraga (PL/ES) e terá a relatoria de Perpétua Almeida (PcdoB/AC), além de ter a participação do deputado Paulo Pimenta (PT/RS).

O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Violência e Narcotráfico, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), elogiou a decisão dos parlamentares que, segundo ele, não negligenciaram a importância do assunto em razão de diferenças partidárias. Torgan pediu aos deputados que ouvissem o depoimento de Garisto antes mesmo do início da reunião, já que não havia quorum para iniciá-la. Apesar da aprovação dos deputados presentes, a decisão resultou em protesto do deputado Antônio Carlos Biscaia (PT/RJ), que reclamou o fato do depoimento não ser oficial.

VISITA AO CONGRESSO – durante toda a manhã desta quarta-feira a Fenapef visitou os gabinetes dos parlamentares no Congresso Nacional e denunciou a atual situação dos policias federais. De acordo com Garisto, há urgência na solução do problema. Ele lembrou o caso de São Paulo, onde são feitos diariamente 800 passaportes, e teve esse número reduzido para 200 – “E os outros 600, não tem direito de viajar? E o direito de ir e vir que está na nossa Constituição? A bandeira da nossa Polícia Federal está manchada pela administração de Paulo Lacerda. Nós mostramos isso em um plebiscito que registrou mais de 90% de rejeição a esse diretor. O que o governo está esperando para tomar decisões?”, disse Garisto.

Fonte: Agência Fenapef

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