resultado final do plebiscito aponta 92,1% de rejeição a Lacerda

24/09/2003




A FENAPEF totalizou no final da tarde a votação do plebiscito promovido ontem (23/09) para avaliar a administração do Diretor-Geral e, em alguns estados, os superintendentes regionais, faltando apenas computar os dados de Rondônia. O Rio de Janeiro realizará o plebiscito na sexta-feira, 26 de setembro, e naquele estado apenas a Delegacia de Niterói promoveu a votação no dia de ontem.

Votaram 4.040 servidores de todas as categorias (agentes, delegados, escrivães, papiloscopistas, peritos e administrativos), um número muito expressivo, pois representa mais de 50% do atual efetivo da Polícia Federal. Esse número deve chegar a pelo menos 4.500 participantes no plebiscito, após a totalização dos sufrágios de Rondônia e do Rio de Janeiro.

O índice de rejeição ao delegado aposentado Paulo Lacerda chegou a 92,1%, muito semelhante ao do plebiscito "Fora Tuma", realizado em 1991, que atingiu cerca de 94% de "não"

Os resultados são contundentes e os estados com maior índice de reprovação a Paulo Lacerda foram Santa Catarina e Pará, com o percentual de 97,8% (desconsiderado o RJ porque computou apenas Niterói).

De um modo geral, à exceção do Amapá, onde Lacerda teve seu melhor desempenho (66% de rejeição). na grande maioria dos estados o NÃO dos policiais federais foi superior a 90%.

No Distrito Federal, apesar do plebiscito não ter sido efetuado, servidores se mobilizaram colocando faixas de protesto contra o Diretor-Geral em frente ao Edifício-Sede, a SR e a ANP, além de fazerem panfletagem em todas as unidades da PF.

Dentre os superintendentes, os dois grandes "vencedores" foram Renato da Porciúncula (SC) e Ruben Albino Fockink (RS), com , com 91,7% e 90,5% de rejeição, respectivamente.

O destaque entre os SRs foi José Paulo Rubin Rodrigues, de Alagoas, que recebeu a aprovação de 93,1% dos servidores, contrastando com o "fora Lacerda" dado por 90,3% dos alagoanos.

A Diretoria Executiva da FENAPEF pretende levar o resultado final ao Ministro da Justiça, ao Chefe da Casa Civil e aos parlamentares, a fim de que o Governo tome as medidas necessárias à implementação das mudanças prometidas à categoria ao longo do ano passado.

“A participação expressiva dos servidores e o resultado contundente, põem abaixo o discurso da direção perante o Executivo, de que as críticas ao senhor Paulo Lacerda eram mero inconformismo dos dirigentes sindicais”, disse o Presidente da FENAPEF, Francisco Garisto.

Segundo Garisto, “Agora quem está falando é o quadro funcional do DPF, que veio a confirmar tudo aquilo que os dirigentes da Federação e dos sindicatos vinham falando há muito tempo”, .

Os policiais federais e os servidores administrativos apontaram o caminho que Paulo Lacerda deve seguir, caso ele ainda tenha um mínimo de dignidade e “desconfiômetro”.

fonte: FENAPEF

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