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Relatório da reforma da Previdência desagrada a todos

18/07/2003

Relatório da reforma da Previdência desagrada a todos 17/07/2003

BRASÍLIA - O relatório da reforma da Previdência, apresentado nesta quinta-feira, pelo deputado José Pimentel (PT-CE), conseguiu desagradar a todos: governistas, oposição, servidores públicos e Judiciário.

Este é o sentimento vigente dentro do Congresso Nacional. O presidente da Comissão Especial que analisa a reforma, deputado Roberto Brant (PFL-MG), classificou o texto de Pimentel como uma reforma pífia, com efeito fiscal muito pequeno, efeito igualitário menor ainda. "Um resultado muito modesto para uma reforma que ficou mínima".

A apresentação do relatório será concluída às 16 horas, quando o relator poderá distribuir seu parecer modificado após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã de hoje, no Palácio da Alvorada.

No relatório foram apresentadas as seguintes modificações em relação ao texto original: valor das pensões caiu de R$ 2.400, para R$1.058, e o que exceder este valor terá uma redução de 30%; subteto do Judiciário nos Estados passou de 90,25% do salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para 75%; integralidade das aposentadorias para os atuais servidores; paridade com restrições, ainda a serem definidas, apenas para os atuais servidores.

Como houve um pedido de vistas ao parecer do relator, a reforma da Previdência só voltará à discussão na Comissão Especial que analisa a matéria na próxima terça-feira.

As manifestações de descontentamento com o acordo fechado não ficaram limitadas ao presidente da Comissão. O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), afirmou que a redução do valor da pensão e a manutenção do subteto do Judiciário foi como uma troca com os governadores dos Estados, para manter a paridade das aposentadorias atuais com os salários dos servidores da ativa. Ele disse, no entanto, que os líderes "não estão muito contentes" com a posição dos governadores.

Rose Ane Silveira, repórter iG em Brasília (rasilveira@ig.com)

Fonte: Último Segundo

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