Destino de Beira-Mar
Governo federal ainda não sabe para onde transfere Beira-Mar
02/05/2003
BRASÍLIA - O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar,deverá continuar mais algum tempo sob a custódia da Polícia Federal. Eledeve deixar a PF em Maceió, onde está preso há 34 dias, até o dia 6, quandotermina o prazo de 40 dias acertado como governo alagoano. Depois deinspecionar diversos presídios de segurança, as autoridades policiaisbrasileiras concluíram que nenhum deles tem condições de receber Beira-Mar.
A União tem pelo menos cinco opções para a transferência do traficante - aprincipal é São Paulo. Esta semana, policiais federais estiveram no EspíritoSanto inspecionando a penitenciária local, mas reprovaram as instalações."Não estavam adequadas e não daria tempo de fazer uma reforma", disse umintegrante da cúpula da área de segurança pública da União.
Diante disso, o governo decidiu estudar a possibilidade de manterFernandinho Beira-Mar em uma das superintendências da PF, como ocorre hoje.A União selecionou Manaus, Fortaleza, Florianópolis, São Paulo e CampoGrande como opções para transferir Beira-Mar. Mas o governador de São Paulo,Geraldo Alckmin, resiste em recebê-lo.
Esta alternativa havia sido estudada anteriormente, quando estava seesgotando o prazo para Beira-Mar deixar o presídio de segurança máxima dePresidente Bernardes, no interior de São Paulo. A PF chegou a armar umesquema especial, mas Alckmin pediu ao Palácio do Planalto que atransferência não fosse feita.
O governo federal recuou e, diante da falta de alternativa, tentou negociarcom os governadores de Mato Grosso do Sul, José Orcírio dos Santos, o Zecado PT, que se negou a receber Beira-Mar. A última opção foi Ronaldo Lessa(PSB), de Alagoas, que aceitou o traficante, mas condicionou sua estada porapenas 40 dias.
Aparentemente, a Polícia Federal não está se mobilizando para tirarBeira-Mar de Maceió antes do prazo. Um dos problemas é a falta de meio detransporte. Os dois aviões Caravan da PF, que são usados neste tipo detrabalho, estavam até ontem na Amazônia. Um deles ficaria na região por mais15 dias, enquanto a outra aeronave apresentou problemas técnicos. EmBrasília, os policiais do Comando de Operações Táticas (COT), a divisão deelite da PF, responsável por este tipo de operação, também não haviam sidoacionados.
Fonte: Copyright© 2001 Tribuna da imprensa
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