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Alagoas: Federais ameaçam fazer greve contra reformas

23/04/2003

Alagoas: Federais ameaçam fazer greve contra reformas 23/04/2003

Policiais federais de todo o País se preparam para dar início a uma “batalha” contra alguns pontos considerados polêmicos na Reforma da Previdência e em Medidas Provisórias anunciadas pelo governo federal, e já pensam em deflagrar uma greve.

Itens como a taxação dos inativos, o teto de R$ 2.400,00 para os servidores públicos, o fator previdenciário (que aumenta o tempo mínimo de aposentadoria) e o fundo de pensão encontram rejeição entre a categoria. Segundo o diretor-intersindical da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas, Jorge Venerando, além desses pontos, os policiais não aceitam o Projeto de Emenda Constitucional (PEC 28/99), que cria uma carreira separada dos demais policiais, beneficiando, assim, os delegados.

Outro fator que revolta a categoria, segundo Venerando, são as Medidas Provisórias 110 e 112, editadas pelo governo federal. A primeira cria o cargo de agente penitenciário federal dentro da estrutura da PF, e a segunda, abre concurso na PF para 500 cargos de delegado, 500 peritos, 600 escrivães, 300 papiloscopistas e somente mil vagas para agentes, totalizando 2.900 vagas, o que acabaria com o cargo único, defendido pela categoria.

“Não somos contra a realização de concursos. Nós defendemos que essas vagas sejam destinadas para o cargo de agente de polícia federal, que são verdadeiramente os policiais operacionais que combatem diretamente o crime organizado. A Polícia Federal precisa de policiais de rua, não internamente”, defende Venerando.

Ele ressalta que já está definido para o mês de junho o indicativo de um dia nacional de protesto, além de três outros de paralisação de todos os servidores da PF no País, caso o governo federal não atenda à pauta de reivindicação da categoria.

Polícia Civil

Outra categoria que está prestes a deflagrar greve no Estado é a dos policiais civis. Eles realizam, amanhã, uma assembléia geral para avaliar alguma proposta do governo para reajuste salarial da categoria. Os policiais querem aumento salarial de 38%, além da diminuição do tempo de promoção dos policiais de cinco para três anos.

Caso o governador não resolva a questão salarial da categoria, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Celso Luiz, irá abrir uma sessão pública para os policiais expressarem o impasse das negociações e os problemas das polícias.

Há quase dois anos, os policiais civis estão sem reajuste salarial e já acumulam uma defasagem de quase 40%, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas.

Fonte: Gazeta de Alagoas ©1995 - 2003 - Todos os direitos reservados

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais