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ORGULHO NACIONAL


Cinema: Elite da PF é retratada em ‘Federal’

15/12/2008

Cinema: Elite da PF é retratada em ‘Federal’ Rio - A Polícia Federal atingiu o recorde de 232 operações este ano. Mas a missão que sobrou para o ano que vem será mais difícil: conquistar o público no cinema. Em ‘Federal’, liderados pelo agente Dani, interpretado por um bombado Selton Mello, quatro policiais se juntam numa força-tarefa para encontrar o traficante mais procurado de Brasília. Esse grupo de elite integra o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, o COT, homens de preto tão severamente treinados quanto os integrantes do Bope, o Batalhão de Operações Policiais Especiais popularizado pelo recordista de público ‘Tropa de Elite’.

A nova tropa terá que mostrar serviço no longa de Erik de Castro que acabou de ser finalizado e está previsto para estrear em março, segundo a Europa Filmes. Diretor do documentário ‘Senta a Pua!’, sobre aviadores brasileiros que serviram na Segunda Guerra, Erik estréia na ficção com ‘Federal’. O diretor brasiliense de 37 anos, formado em Cinema em Los Angeles, e que também é roteirista do filme, conta que teve consultoria da própria Polícia Federal — os atores fizeram treinamento na Superintendência da PF —, além da ajuda do sociólogo Argemiro Procópio, autor do livro ‘Brasil no Mundo das Drogas’.

“Quis embasar o roteiro na realidade. Fiz uma pesquisa grande sobre o narcotráfico. Mostro o grupo mais requintado da PF numa caçada, tipo o ‘Operação França”, conta Erik, citando o filme de William Friedkin, que levou o Oscar de direção. A produção de 1971, com Gene Hackman e Roy Scheider, mostrava uma Nova Iorque corrupta e violenta e policiais durões que tentavam impedir que um carregamento de heroína entrasse na cidade.

O diretor explica que o quarteto de ‘Federal’ — produção de quase R$ 5 milhões — lida com tráfico de cocaína na capital do País. O grupo é formado pelo agente Dani (Selton); o delegado Vital (Carlos Alberto Riccelli), veterano da PF; o policial civil Lua (Cesário Augusto) e o PM Rocha (Christovam Netto). O quarteto caça o playboy — feito pelo cantor Eduardo Dussek — que colocou a capital na rota internacional do tráfico. “Isso é 100% Brasília”, diz Erik. Lembrou de ‘Meu Nome Não É Johnny’, também protagonizado por Selton e o único longa brasileiro que ficou entre os 10 mais vistos do ano, com 2 milhões e 200 mil espectadores? Pura coincidência, pois ‘Federal’ foi rodado antes.

‘LEVEI MUITO TIRO DE FESTIM’

O cantor Eduardo Dussek encarou um treinamento com agentes da Polícia Federal em Brasília como parte da preparação para virar o traficante Carlos ‘Beque’ Batista em ‘Federal’. Como o Barão do Pó da Zona Sul interpretado por Selton Mello em ‘Meu Nome Não É Johnny’, Beque é filho de deputado de Brasília, saído da classe média alta, e acaba envolvido com o narcotráfico. “Tem muita cena de tiroteio, matança. Ele é sanguinário. Levei muito tiro de festim”, conta Dussek.

Em algumas cenas, ele interpreta em inglês, ao contracenar com o ator Michael Madsen — de ‘Kill Bill’, ‘Sin City’ e ‘Cães de Aluguel’ —, que faz um agente do FBI participante dessa caçada ao traficante. “Sempre me chamam para papéis cômicos e teatrais, mas esse é denso, ele é muito cruel. Não é um traficante povão: faço um mauricinho que se desvencilhou da sociedade. O Erik (diretor) soube exigir de mim”, explica Dussek.

Em janeiro, o cantor reestréia com personagem aprovadíssimo pelo público, já visto por mais de 100 mil espectadores. Dussek volta com o musical ‘Sassaricando’, ao Teatro das Artes, no Shopping da Gávea, interpretando as marchinhas de Lamartine Babo, Haroldo Barbosa e Braguinha.

Fonte: O Dia Online.

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais