MOBILIZAÇÃO POR UMA PF MODERNA E DEMOCRÁTICA

A insatisfação no Departamento de Polícia Federal aumenta a cada dia face aos desmandos impostos a agentes, escrivães, papiloscopistas e servidores administrativos. Policiais com nível superior, anos de experiência e com relevantes serviços prestados ao DPF são promovidos a “carregadores” de CPU de computador em operações que, muitas vezes, servem apenas para ilustrar as páginas de jornais. Não bastasse isso, os servidores do DPF são vitimas do corporativismo de alguns delegados que aos poucos vão se adonando de uma polícia que é da sociedade brasileira.

Muitos poderão dizer que isso é uma questão de hierarquia, ou seja, uns mandam outros obedecem. Ocorre que a hierarquia só pode ser construída com regras claras onde o mérito está acima do cargo ou da função que o servidor ocupa. Como no DPF as regras são obscuras e só uma classe manda se consolidou uma hierarquia torta, onde delegado é dono de vaga de estacionamento, chefia a Superintendência, o canil, a delegacia especializada, o setor de compras e se deixar até o cafezinho.

Esse quadro chegou ao limite e os policiais começam esta semana a se reunir em Assembléias nos estados para deliberar sobre a paralisação de um dia em todo o país e protestar contra uma situação que persiste num ciclo interminável de falta de inteligência começado nas direções de Agílio Monteiro e Paulo Lacerda e na moda até hoje.

O Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais deliberou no último encontro como data indicativa para uma paralisação nacional o dia 22 de outubro. Os policiais vão parar por uma Polícia Federal mais democrática, com uma carreira definida, reconhecimento do nível superior, por chefias baseadas em mérito e não mais em cargos ou indicações.

A mobilização dos policiais federais é a única ferramenta para fazer prevalecer a idéia de uma polícia verdadeiramente democrática, voltada para a sociedade, com respeito a todos os servidores e onde as pessoas sejam promovidas a funções de chefia por seu conhecimento não pelo cargo que eventualmente ocupam.

Fonte: Agência Fenapef

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