POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Policiais fazem dia de protesto na Câmara

11/06/2008

Policiais fazem dia de protesto na Câmara Mais de uma centena de policiais federais, civis e militares se concentraram no Salão Verde da Câmara dos Deputados durante toda a terça-feira, 10, para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição 549. representantes dos sindicatos de todo o Brasil e policiais federais do DF procuraram líderes partidários e visitaram deputados de todas as bancadas distribuindo documento contrário à PEC.

Conforme o coronel Marlon Jorge Teza, presidente da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme) se a emenda for aprovada do jeito que está, vai criar sérios problemas e acabar com a integração entre a Polícia Civil e a Polícia Militar nos Estados. O motivo, segundo o coronel é o desequilíbrio salarial muito grande que passaria a vigorar com a aprovação da proposta.

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais Marcos Vinício Wink voltou a dialogar com os líderes dos partidos. "Esta proposta é elitista e nociva para a segurança pública do país", disse Wink. Segundo ele, a criação de uma carreira jurídica dentro das polícias criará um Apartheid nas corporações. "Será criado um abismo intransponível entre as carreiras", disse.

A resistência à PEC vem também dos estados. Conforme o jornal O Estado de São Paulo, os governadores consideram a proposta de equiparação entre delegados e ministério público uma bomba fiscal. O governadores avaliam que será difícil garantir o equilíbrio das contas estaduais se a emenda for aprovada pelo Congresso.

No Estado de São Paulo, por exemplo, as estimativas são de acréscimo de R$ 259 milhões nas despesas nos primeiros 12 meses de vigência, com o pagamento dos 3.274 delegados de Polícia Civil - que hoje recebem entre R$ 3,4 mil e R$ 5,8 mil. Em Minas, o impacto do aumento também seria enorme, alcançando a casa do R$ 1 bilhão.

Ao apresentar a proposta, Arnaldo Faria de Sá (PRB-SP) alegou que o importante não é o salário, mas passar a considerar delegados como carreira jurídica. O mesmo argumento foi usado por entidades da PF e da Polícia Civil. O Ministério Público é contra a equiparação salarial e, como os governadores, vê risco de desequilíbrio nas contas dos Estados.

O protesto dos policiais segue nesta quarta e quinta-feira em Brasilia.

Fonte: Agência Fenapef com Estado de S. Paulo

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais