Ministro diz que PF vai virar FBI
Brasília - O governo abriu ontem 4,5 mil novas vagas na Polícia Federal e criou o cargo de agente penitenciário federal, duas medidas emergenciais para o combate à violência, segundo anunciou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. “Vamos transformar a Polícia Federal no FBI”, disse o ministro, referindo-se à polícia federal norte-americana.
No caso dos agentes penitenciários, haverá 700 contratações. De imediato, serão nomeadas 200 pessoas para atuar nas futura penitenciárias de segurança máxima que o governo pretende construir. A idéia inicial é chamar militares das Forças Armadas que estão deixando o serviço ativo. “Eles estão com preparo e só iriam receber o treinamento na Academia Nacional de Polícia (ANP)”, afirmou Bastos.
As novas contratações estão previstas em duas medidas provisórias editadas ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No caso da Polícia Federal, 1,5 mil vagas serão para pessoal administrativo – serão 1.260 para técnicos e 240 de analistas. As outras 3 mil vagas serão divididos entre 500 delegados, 500 peritos, 1.100 agentes, 600 escrivães e 300 papiloscopistas.
Mas nem todos os cargos serão preenchidos imediatamente, já que a contratação depende de um cronograma da PF e o governo nem mesmo sabe quando será feito o concurso público. Atualmente, cem policiais estão sendo treinados na ANP, mas eles ainda são oriundos da administração passada.
Projeto ambicioso
“Com este projeto ambicioso, estamos tentando sanar o problemas da violência. Com a criação dos cargos administrativos, estamos tirando policiais do serviço burocrático e colocando nas ruas”, afirmou Thomaz Bastos, antes de viajar para o Rio de Janeiro (ver abaixo), onde iria apresentar à governadora do Estado, Rosinha Matheus(PSB), as propostas da União para a diminuição da violência no Estado.
Para poder usar de imediato os novos agentes penitenciários, o governo vai contratar em caráter temporário – por cerca de 12 meses – 200 pessoas que sairão das Forças Armadas ou das Polícias Militar e Civil. “Temos vários cabos que estão deixando os quartéis este ano, depois de nove anos de carreira. Podemos utilizar este pessoal, que já possui uma certa experiência”, afirmou o ministro da Justiça. Outras 500 vagas serão preenchidas posteriormente.
Com a criação das 4.500 vagas na PF, o efetivo que hoje é de 7.800 policiais e 1.800 agentes administrativos, aumentará em torno de 70%, segundo avaliação do diretor-geral da instituição, Paulo Lacerda. Grande parte dos novos concursos deverá ser dirigida para a Amazônia e o Rio, onde a PF pretende montar um quadro de elite, semelhante ao Comando de Operações Táticas (COT), sediado em Brasília, que pode ser deslocado para todo o País em situações de emergência. (Agência Estado)
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