POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


PF prioriza a Amazônia

31/03/2008

PF prioriza a Amazônia A Polícia Federal vai passar a dar prioridade à luta contra os crimes cibernéticos e relacionados a drogas sintéticas, considerados como delitos do século 21. Além disso, 17 regiões na fronteira brasileira ganharão atenção especial nos próximos 15 anos. A partir de agora, todos os agentes e delegados recém-formados deverão passar pelo menos três anos da carreira na Amazônia — como estímulo, terão um acréscimo salarial de 20% em relação aos colegas que atuam em outros centros. A direção da PF pretende construir vilas de casas próximas às delegacias do interior para abrigar seus agentes e vai incentivar também servidores antigos a aceitar lotações em estados da Região Norte. As medidas, que fazem parte do plano estratégico da PF, deverão ser adotadas já em 2008 e deverão ser revistas somente em 2022.

“Estar na Amazônia não é um castigo”, afirma o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. “Vamos dar uma gratificação por essa lotação e incentivar outros policiais mais antigos a ir para a região, onde darão suporte ao trabalho dos mais novos”, acrescenta Corrêa, anunciando que a PF já fez uma seleção interna para escolher quem será transferido, e hoje pelo menos 40 delegados e agentes estão aptos a mudar para a Amazônia.

A PF já tem um planejamento para construir novas superintendências no Rio de Janeiro, Maranhão, Acre e Paraíba e delegacias na região de fronteiras. Além disso, os policiais lotados na Amazônia terão moradias, já que a PF fará vilas construídas com madeira apreendida.

No plano estratégico, a Polícia Federal pretende fazer readequações para fortalecer a atuação nos próximos 15 anos. Uma delas é mudar o perfil dos laboratórios da organização. O avanço dos crimes financeiros e de pedofilia praticados pela internet fez com que a área de delitos cibernéticos seja reforçada. A mesma atenção será dada aos crimes envolvendo drogas sintéticas, que hoje se tornaram uma das principais preocupações, por causa do aumento no volume de apreensões, principalmente de ecstasy e skank (um tipo de maconha aditivada).

A PF pretende utilizar melhor seus técnicos que atuam na carreira policial. “Temos cerca de 300 mestres e doutores em várias áreas”, avalia Corrêa, que vai usar a qualificação como meio de ascensão do servidor. Para crescer na carreira, cursos de graduação ganham valor — serão dados inclusive na própria Academia Nacional de Polícia (ANP), que ganhou status de universidade e aguarda autorização do Ministério da Educação para atuar como instituição de mestrado. “Queremos que até 2022 a PF seja uma referência mundial em segurança pública”, afirma o diretor-geral.

Fonte: Correio Braziliense







O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais