PF engrossa greve dos servidores federais no Estado

Os policiais federais de Mato Grosso do Sul e de outros Estados do País iniciam hoje paralisação de 72 horas reivindicando o pagamento de 30% da segunda parcela da recomposição salarial. No Estado, são cerca de 400 policiais federais, sendo que a maior parte deve aderir a paralisação. Segundo a presidente do Sinpef/MS (Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul), Cristiane do Valle, os policiais não irão realizar operação-padrão nos aeroportos , como está previsto em outros Estados como São Paulo.


Eles reúnem-se em frente à sede da Superintendência da PF em Campo Grande, onde participam de assembléia para discutir a proposta apresentada ontem pelo governo federal, através do Ministério do Planejamento, para pagamento do reajuste em duas parcelas, sendo uma em março de 2008 e outra em março de 2009.


Cristiane afirmou que a categoria não deve aceitar esta proposta, já que a maioria dos policiais estava exigindo o pagamento de ao menos uma parcela neste ano. “Eles melhoraram um pouco a proposta, mas os policiais querem que seja paga uma parcela em 2007”, afirma a presidente do Sindicato. O governo tinha apresentado primeiramente a proposta de pagar os 30% em duas vezes, mas em junho de 2008 e 2009, o que já foi recusado pela categoria.


Em Mato Grosso do Sul, cerca de 30% dos 400 policiais federais que atuam no Estado devem continuar trabalhando, conforme é previsto pela legislação para atender as necessidades da população. Com a paralisação dos policiais ficam prejudicadas as emissões de passaportes, certidão de antecedentes criminais e registros de estrangeiros.


Esta é a terceira paralisação realizada pelos policiais federais para exigir o pagamento da segunda parcela da recomposição salarial, que, segundo os policiais, deveria ter sido paga no início do ano. Na quinta-feira, dia 24, os policiais têm um novo encontro agendado com representantes do Governo.

Outras paralisações

Além dos policiais federais, os agentes administrativos da Polícia Federal também já realizaram paralisações reivindicando a criação do PECPF (Plano Especial de Cargos da Polícia Federal) e a realização de concurso para os profissionais de administração atuarem na área. No dia 26 do mês passado, eles iniciaram uma paralisação de 48 horas.


Ontem, os servidores públicos federais do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) iniciaram greve por tempo indeterminado exigindo correção salarial e equiparação de salários entre servidores ativos e aposentados. Já os servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) entraram em greve no dia 14 deste mês numa tentativa de forçar o governo federal a revogar a Medida Provisória 366, que dividiu o órgão em dois.


O movimento atinge todos os departamentos do Ibama, inclusive o setor responsável pelo licenciamento ambiental, o que deverá trazer mais dor de cabeça para o governo, empenhado em fazer deslanchar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Ainda os servidores da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) realizaram ontem paralisação por 24 horas em Campo Grande e devem decidir se vão realizar nova paralisação. protestam contra uma proposta do Governo para o congelamento do salário dos servidores por dez anos. Eles reivindicam aumento salarial e prometem entrar em greve a partir da próxima semana, caso não sejam atendidos. Os policiais rodoviários federais também realizaram manifestação com entrega de panfletagem nas rodovias.

Fonte: Midia Max News.

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