André quer poliduto para incentivar indústria de álcool
O encontro entre o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) e a ministra Dilma Roussef (Casa Civil), na manhã de hoje em Curitiba/PR, serviu para que o chefe do Executivo estadual “vendesse o peixe” do Estado diante da intenção da Petrobras de construir um poliduto para o transporte de combustíveis entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste. Em entrevista no Aeroporto Internacional de Campo Grande, após retornar de Curitiba, Puccinelli explicou que pretende fazer com que a estrutura passe pelo Estado, mais precisamente pela Capital.
O poliduto é uma estrutura que servirá para o transporte de combustíveis como gasolina, álcool e óleo diesel. Sua construção seria efetuada pela Petrobras, que elaborou dois projetos: um ligando refinarias de São Paulo ao Estado de Goiás e outro que parte do Paraná rumo a Mato Grosso. Puccinelli defendeu diante de Dilma Roussef a segunda proposta, que teria início em Araucária/PR, passando por Londrina/PR, Presidente Epitácio/SP e seguiria para Campo Grande, partindo para Mato Grosso em uma segunda etapa.
“A nossa preocupação é do poliduto chegar a Campo Grande”, ressaltou o governador, informando que apenas um dos projetos deve ser tocado pela empresa. “Quero provar que esse projeto é o mais interessante”, sustentou, argumentando que o Estado seria beneficiado por conta do aumento expressivo na produção de cana-de-açúcar e, consequentemente, de álcool – através da construção das mais de 30 usinas de açúcar e destilarias em planejamento.
Puccinelli se apóia na capacidade de expansão da indústria sucroalcooleira local, considerada por ele “muito grande”, e que, com o projeto, poderia chegar a 34 milhões de metros cúbicos ao ano. “Pelo poliduto a gasolina e o óleo diesel chegaria a Mato Grosso do Sul, e levaríamos nossa produção de álcool para o Sul”, afirmou o governador, defendendo a proposta como um investimento de grande porte (sem prever o total de investimentos).
O governador afirmou, ainda, que foi ao Paraná atendendo convite do governador paranaense, Roberto Requião (PMDB), para conhecer projetos em execução no Estado vizinho; e que o objetivo do encontro com a ministra Dilma Roussef e com Paulo Bernardo (ministro do Orçamento, Planejamento e Gestão) não foi discutir a dívida que o Estado tem com a União – apesar do assunto ter sido abordado no encontro.
Fonte: Campo Grande News.
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