Concessão de liminares em MS será investigada
BRASÍLIA. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, determinou à Polícia Federal que abra inquérito para apurar denúncia de um suposto envolvimento de advogados e magistrados com um novo esquema de concessão de liminares para integrantes de grupo ligado ao crime organizado em Mato Grosso do Sul. A abertura do novo inquérito foi pedida pelo vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal.
O filho de Vidigal, o advogado Erick Vidigal, foi citado em conversas gravadas pela PF durante investigações de pessoas ligadas a João Arcanjo Ribeiro, o Comendador, que está foragido. Vidigal e o filho negam envolvimento com o grupo. Erick diz apenas que foi procurado por advogados de Mato Grosso do Sul para atuar em Brasília, mas não aceitou o serviço.
A divulgação das conversas fez com que Vidigal pedisse apuração completa do caso, incluindo o vazamento das informações sigilosas. Ele quer que a apuração seja estendida a todos os estados para checar a suposta existência de outros esquemas envolvendo magistrados e advogados na concessão de decisões judiciais. Mas, segundo o Ministério da Justiça, será aberto inquérito apenas para o caso em Mato Grosso do Sul.
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