POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Leia aqui a reportagem que motivou nota do SINPEF/MS

06/02/2003

Leia aqui a reportagem que motivou nota do SINPEF/MS Sexta-feira, 24 de janeiro de 2003 - 14h53m


A pedido do Douradosagora, profissionais da área de comunicação de Dourados (jornais diários impressos, jornais virtuais, emissoras de TV e rádio) ‘’elegeram’’ os locais mais difíceis para colher a matéria-prima da atividade: a informação. Ressalvando que falavam em nome pessoal e não dos veículos em que trabalham*, os profissionais apontaram a Polícia federal, seguida da Prefeitura e do Poder Judiciário, como os líderes da lista. Os jornalistas Élvio Lopes, César Cordeiro, Marcos Santos, Osmar Santos e Josandro Depieri afirmaram que à exceção do Delegado Lázaro Moreira o tratamento dispensado aos profissionais pelos agentes é ‘’discriminatório’’. ‘’Além do humilhante ‘’chá de cadeira’’’, lembrou Cordeiro, referindo-se ao tempo perdido na recepção da sede regional da PF. ‘’Apenas um jornalista tem acesso a informações’’, observou Elvio, lembrando que há vários processos de interesse público a cargo da instituição. ‘’Só somos chamados quando ‘’cai’’ um grande carregamento, que pode virar notícia nacional’’, testemunharam Osmar Santos e Josandro. Marcos Santos foi ao mesmo diapasão: “não há diálogo’’, lamentou. Fábio Dorta também apontou a PF como o local mais burocrático para obtenção de informações.
‘’A delegacia daqui vai à contra-mão das instaladas nos grandes centros, que fazem questão de tornar públicas suas atividades’’, comparou. ‘’A bem da verdade eles são funcionários públicos iguais os do INSS, da Procuradoria e de outros órgãos federais, onde o acesso a informação é bem mais fácil’’, ressaltou Dorta.
A repórter Lia Nogueira resumiu na palavra ‘’catástrofe’’ a situação: ‘’Os caras ( agentes) pensam ser onipotentes e levam as solicitações de informação no ‘’banho-maria’’, criticou ela, dizendo haver também ‘’falta de educação’’ na atuação da instituição em relação à imprensa. O repórter ‘’Bronca’’ também acha a PF o local mais difícil para o exercício da atividade.Eles deveriam seguir o exemplo da Polícia Civil, da Polícia Militar e da PRF, que são prestativos’’, opinou.
Já os jornalistas Hélio Freitas, Eduardo Palomita e Antônio Coca disseram ver na prefeitura a principal dificuldade para obter informações. Coca disse que a prefeitura e principalmente a Secretaria de Fazenda adotam o estilo ‘’o que é bom à gente fatura’’. ‘’Eles são solícitos até demais quando se trata de questões que por um motivo ou outro lhes interessam diretamente’’, disse, apontando como exemplo às longas entrevistas para explicar a cobrança da taxa de iluminação/Cosip.
Hélio foi mais específico: ‘’A Secretaria de Fazenda é inacessível’’, considerou, relatando as peripécias que enfrentou recentemente para fazer uma reportagem sobre IPTU. ‘’Me disseram (referindo-se a Agcom, a Agência Municipal de Comunicação) repetidas vezes que o secretário me receberia no dia seguinte, sendo que ele estava de férias, o mesmo acontecendo com o seu substituto, que localizei por conta própria no litoral’’, sorriu.Palomita generalizou: ‘’todos os setores da prefeitura são difíceis no que se refere à informação’’, afirmou.
Elias Ferreira disse que para ele o impasse acontece quando as informações são solicitadas aos hospitais, principalmente se o pedido for por telefone. ‘’Concordo que nada substitui o contato pessoal, mas o telefone é nossa principal ferramenta de trabalho’’, ponderou. Roberto Padim declarou que o Poder Judiciário de uma forma geral é ‘’dificil’’. ‘’Na época da eleição falar com o juiz eleitoral era uma dificuldade’’, lembrou.
O repórter Waldemar Gonçalves, o ‘’Russo’’, disse que seu problema é na Justiça Federal. "É impossivel conseguir informações sobre processos rumorosos", afirmou o repórter, que atua na área policial.
A maioria dos profissionais fez ressalvas à facilidade que encontram para obter informações na Procuradoria Geral da República. A Câmara Municipal não foi citada dentre os locais difíceis de se obter ela, a informação. (Rozembergue Marques)


* TV Dourados, TV Sulamérica, Rádio Grande FM,Jornal Diário MS, Jornal O Progresso, Rádio 94 FM, Rádio Caiuás, Radio Clube de Dourados


Fonte: Douradosagora

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais