POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Lula defende aliança estratégica com países vizinhos

23/02/2005

Lula defende aliança estratégica com países vizinhos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil está corrigindo um erro histórico ao voltar seus esforços diplomáticos para ampliar e fortalecer suas relações exteriores com os países da América do Sul.
A defesa da estratégia diplomática do governo foi o eixo central do discurso do presidente em Campo Grande. Lula, que assinou o termo formalizando o início do processo de implantação do pólo minero-siderúrgico em Corumbá, na fronteira com a Bolívia, várias vezes ressaltou o investimento na fronteira como uma prova concreta da visão de integração regional do seu governo.
“Ações como essa, que põe lado a lado brasileiros e bolivianos, vão além da retórica”, disse o presidente.
Lula fez um rápido apanhado das principais ações no campo diplomático – como os financiamentos do BNDES a obras em outros países sul-americanos ou os 26 acordos assinados com a Venezuela na semana passada – e disse que o país já colhe frutos desta visão. Um destes frutos, enumerou o presidente, é o crescimento da ordem de 80% no volume de negócios do Brasil com os países da América Latina nos últimos dois anos.
“Mas não podemos ser imediatistas, algumas destas ações não terão retorno a curto prazo”, ressalvou o presidente, citando como exemplo a estrada que vai ligar o Acre aos portos do Pacífico, que está sendo construída no Peru com financiamento do BNDES. “Mas a existência desta estrada vai criar o ambiente para o investimento e o desenvolvimento no Acre”.
O presidente também fez um apelo contra a tentação de impor uma integração predatória para os países menores ou menos competitivos. Segundo Lula, o Mercosul enfrentará problemas se o Brasil e a Argentina não tiverem bom senso e ajudarem os países menos favorecidos, como o Paraguai e Uruguai.
“Não adianta só ficar reclamando do Paraguai. Temos que dar uma chance àquele país ou do contrário só ficará o preconceito histórico contra o Paraguai, por isso acho que os empresários brasileiros devem também investir lá”, disse o presidente. “Nós não queremos ser um país rico, cercado de miseráveis”.
Durante várias vezes no discurso, Lula reiterou que a aproximação com os países vizinhos não é sinônimo de ruptura com parceiros comerciais tradicionais – como Estados Unidos e União Européia.
Ao finalizar o discurso, o presidente reconheceu que inversão de prioridades na agenda internacional encontra resistências, mas – segundo ele – estas seriam resultantes de “fortes preconceitos de setores da mídia”.
“Quando eu fui à Líbia, conversar com o presidente [Muammar] Khadaffi fui bastante criticado por alguns setores da nossa imprensa, quando o Tony Blair (primeiro-ministro britânico) foi à Líbia na semana seguinte, ele foi bastante aplaudido e elogiado”, comparou.


Fonte:Campo Grande News.

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais