POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Base Aérea poderá trabalhar integrada à Polícia Federal

24/01/2003

Base Aérea poderá trabalhar integrada à Polícia Federal A Base Aérea de Campo Grande poderá realizar ações integradas com a Polícia Federal para o combate ao narcotráfico em Mato Grosso do Sul. O novo comandante da Base, coronel Ademilton Tenório de Albuquerque, disse hoje cedo que este tipo de ação não é missão constitucional da FAB (Força Aérea Brasileira), mas que nada impede a realização de operações conjuntas, desde que previamente definidas e autorizadas pelo comando em Brasília. Isto será possível no ano que vem, quando começa a operar em Mato Grosso do Sul um esquadrão com 10 aviões do tipo Tucano modelo AT-27 para a fiscalização do espaço aéreo.
O coronel explicou que quando uma investigação em andamento pela Polícia Federal indicar o uso de um avião, o esquadrão a ser implantado no ano que vem poderá interceptá-lo em até cinco minutos. Este tempo é o que será gasto até que os radares do 2º Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Curitiba, encontrem a aeronave e informem o Comdabra (Comando de Defesa Área Brasileira), em Brasília, que determina a decolagem e interceptação do avião.
O problema é que, depois de decolar, o piloto da FAB tem poucas opções em relação à aeronave irregular. Caso o piloto civil se negue a pousar ou seguir a aeronave militar, o avião da FAB não pode derrubá-lo. O Brasil ainda não dispõe de uma legislação que permita o abate de aeronaves clandestinas no espaço aéreo nacional. O projeto, conhecido como Lei do Abate, está em tramitação no Congresso Nacional.
Segundo o comandante Tenório, numa estimativa conservadora, pode se calcular que 15% dos vôos realizados em território aéreo de Mato Grosso do Sul não decolam sem os planos devidamente informados e homologados, e podem ser considerados irregulares. No entanto, não é possível afirmar que todo este percentual seja de aeronaves usadas na prática de crimes, como o contrabando.



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